Mortalidade materna no Brasil teve queda de 21% de 2010 para 2011
Dados do Ministério da Saúde apontam
que, entre janeiro e setembro do ano passado, as mortes por complicações
na gravidez e no parto somaram 1.038 casos, contra 1.317 anteriores
Pesquisa divulgada nesta sexta, 25, pelo Ministério
da Saúde indica que a mortalidade materna no Brasil caiu 21%. Entre janeiro e
setembro de 2011, as mortes decorrentes por complicações na gravidez e no parto
totalizaram 1.038, contra 1.317 no mesmo período de 2010.
“Essa marca histórica de 21% em 2011 não nos
permite descansar. Queremos perseguir a Meta do Milênio de chegar a 25% de
redução até 2015”, destacou o ministro da Saúde. A pasta associa a queda dos
números ao primeiro ano do programa Rede Cegonha, lançado em março do ano
passado. Ao todo, foram investidos R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência
à mulher e ao bebê. A iniciativa, de acordo com o ministério, já atende a 36%
das gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2011, 1,7 milhão de mulheres
fizeram, no mínimo, sete consultas pré-natais.
“Houve uma importante intensificação da redução
quando comparada aos anos anteriores. Nos último dez anos, sempre esteve
variando entre 5 e 7%. É a primeira vez que a gente chega a reduzir [a
mortalidade materna] fortemente, com mais de 20%. E, pelos dados preliminares,
essa tendência continua ao longo do último trimestre de 2011”, avaliou o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
De 1990 a 2010, o indicador de mortalidade materna
no país passou de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Também
durante o período, houve redução em todas as causas diretas de mortalidade
materna: hipertensão arterial (66,1%), hemorragia (69,2%), infecções pós-parto
(60,3%), aborto (81,9%), e doenças do aparelho circulatório complicadas pela
gravidez, pelo parto ou pelo pós-parto (42,7%).
Desde 2008, o governo realiza uma espécie de
gerenciamento das investigações de mortes de mulheres em idade fértil (entre 10
e 49 anos). Os casos são analisados por equipes de vigilância dos estados e
municípios, e as informações são repassadas ao ministério. O objetivo é avaliar
as causas e as circunstâncias da morte e verificar se os casos foram provocados
por complicações gestacionais.
Durante a divulgação do estudo, Padilha disse que
um outro levantamento feito pela própria pasta no ano passado indica que, de
cada quatro gestantes atendidas pelo SUS, uma se queixa de algum tipo de
negligência ou maus-tratos identificados no momento do parto.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS)
em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Fundo de
População das Nações Unidas e o Banco Mundial da Organização das Nações Unidas,
divulgado este mês, aponta uma queda de 51% no número de mortes maternas no
Brasil entre 1990 e 2010.
GRUPO : FISIOFARMA
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